“A Ford foi um dos motores da industrialização do país, uma das pioneiras que permitiram a formação do primeiro pólo automobilístico nacional e de uma base de autopeças local”, diz Oswaldo Jardim, diretor de Operações da Ford Caminhões na América do Sul. “São 50 anos de produção ininterrupta de caminhões, ao contrário de outras marcas que saíram do mercado porque não se renovaram ou descuidaram da atenção aos clientes. Por isso, temos hoje a segunda maior frota circulante do país”. “O passado serve como experiência para construirmos o futuro. E uma das lições que ele nos dá é o desafio permanente de buscar a fidelização do cliente”, diz Jardim. Os investimentos da companhia também estão focados no pós-vendas e no fortalecimento rede de distribuidores.
F-600, o pioneiroO pioneiro Ford F-600 nacional tinha motor V8 de 4,5 litros a gasolina, com 161 cv de potência e capacidade de carga de 6,5 toneladas. Seu primeiro desafio foi uma viagem histórica até Caruaru, em Pernambuco, enfrentando mais de 1.500 km de estradas, sendo 1.100 km não pavimentados.
Hoje instalada na fábrica de São Bernardo do Campo, SP – uma das mais modernas do mundo –, ela oferece uma gama completa de modelos. Suas duas famílias de produtos, a Série F, com cabine convencional, e a linha Cargo, com cabine avançada, oferecem 17 modelos e inúmeras possibilidades de customização, com capacidade de carga de 3,5 a 50 toneladas, para diversos tipos de aplicações. Os caminhões Ford são equipados com motores Cummins, eletrônicos ou emissionados, de quatro ou seis cilindros.
50 anos de história
Nesses anos de história no Brasil, a Ford Caminhões registrou muitos marcos de pioneirismo e inovação. Em 1959, lançou o caminhão médio F-350, como motor V8 e 2.670 kg de capacidade de carga. Em 1961, ano da inauguração de Brasília, a Ford lançou o primeiro F-600 com motor a diesel, mostrando mais uma vez seu pioneirismo e tornou-se líder de vendas no mercado interno. Em 1968, a Ford já totalizava 200.000 caminhões vendidos no Brasil. Nos anos 70, em virtude da crise do petróleo, os motores a gasolina para veículos comerciais perderam terreno para os movidos a diesel e a marca saiu na frente apresentando o F-4000 equipado com motor MWM a diesel.
Em 1977 a linha de produtos foi ampliada com o lançamento dos modelos F-7000, FT-7000, F-8000 e FT-8500, o primeiro cavalo-mecânico da Ford.
Linha Cargo
Nos anos 80, outro grande marco foi o lançamento da linha Cargo, resultado de um investimento de US$ 150 milhões na fábrica do Ipiranga. Além da cabine avançada, a linha trouxe uma série de inovações, como os freios a disco, até então inéditos em caminhões. Em 1991, a linha Cargo foi ampliada com o lançamento dos modelos C-1622, C-2422 6x4 e o cavalo-mecânico C-3530. Em 1993, a Série F ganhou os novos F-4000, F-12000 e F-14000. Em 1994, a Ford Caminhões atingiu a marca de 1 milhão de veículos comerciais produzidos no Brasil. Em 1996, foram apresentados ao mercado os modelos Cargo C-814 e C-4030, que ampliaram a linha para praticamente todos os segmentos de carga, dos leves aos pesados. Em 1998, a Série F ganhou mais três modelos: os leves F-250 e F-350 e o médio F-16000.
Nova fábrica
Em 2000, a linha Cargo foi reestilizada em todos os modelos. Em 2001, a Ford Caminhões inaugurou a nova fábrica em São Bernardo do Campo, SP, com conceitos avançados de produção, na qual foram investidos US$ 200 milhões. No mesmo ano, a Ford transformou sua área de caminhões em uma unidade independente de negócios, separada de automóveis, com autonomia para o desenvolvimento de produtos e estratégias de mercado. Em 2003, lançou o Cargo MaxTon 4331, cavalo-mecânico de 43 toneladas. Em 2004, foi a vez do F-350 Cabine Dupla, aliando capacidade de carga e espaço para seis pessoas na cabine.
Geração eletrônica
Em 2005, chegaram os Cargo com motor eletrônico. O leve C-815e e os médios C-1317e, C-1517e e C-1717e foram os primeiros. Em seguida, vieram o médio C-1722e; os trucados C-2422e e C-2428e MaxTruck, 6x2; os traçados C-2622e, C-2628e, C-2632e, C-2932e e C-5032e, com tração 6x4; e o cavalo-mecânico C-4432e. O F-4000 e o F-350 também ganharam novo motor, mecânico, adequado à norma de emissões Euro III.
Em 2006, foi inaugurado o Mod Center, o centro de modificação de caminhões do Brasil que funciona dentro da fábrica, para a produção de veículos personalizados de acordo com as necessidades dos clientes. Em 2007, a área foi ampliada, em parceria com a Randon, e passou a oferecer mais de 20 itens de customização. Também em 2007, a linha Cargo foi ampliada com dois novos modelos: o leve C-712, com motor mecânico emissionado e capacidade de 7.700 kg, e o cavalo-mecânico C-4532e, como motor eletrônico e capacidade de tração de 45.150 kg.